A comunicação social da Justiça Eleitoral brasileira foi debatida no 75º Encontro do Colégio dos Presidentes de Tribunais Regionais Eleitorais com o objetivo de criar modelos de gestão e ações padronizadas respeitando as especificidades de cada regional.

O Workshop “Planejamento Estratégico de Comunicação: com ele há gestão e crescimento” abordou as comunicações interna e externa e ainda gerenciamento de crise, permitindo que, ao final, fossem apresentadas 15 ações para que seja mantido o efetivo diálogo com os diversos públicos. Destaque para educação digital pró-cidadania, segurança, urna eletrônica, acessibilidade, eleitor jovem, relacionamento com mesários e valorização de servidores.

Do Maranhão, a prática de usar o aplicativo whatsapp para envio de mensagens de ações executadas pela Ascom a grupos de membros da Corte e de diretor-geral, secretários, coordenadores e chefes de seção foi adicionada ao planejamento nacional por apresentar-se como alternativa de sucesso para o compartilhamento de informações de interesse da instituição e que impactam diretamente na imagem do órgão seja para o público interno e/ou externo.

“É necessário que a comunicação dos tribunais seja audaciosa e integrada. Eu peço que vocês, jornalistas e profissionais da comunicação, ao terem uma ideia, compartilhem com os presidentes, sejam audaciosos, inovadores. Temos muito trabalho e entregas todos os anos e não apenas a cada dois anos durante as eleições. Precisamos mostrar isso para sociedade e incentivar que cada eleitor assuma o papel de cidadão, de fiscalizador das políticas públicas”, registrou o desembargador Márcio Vidal, presidente do COPTREL.

O Workshop foi ministrado pela mestre em comunicação Ana Paula Megiolaro. “Se você não faz planejamento, você não tem ferramentas para mensurar os resultados obtidos, ainda mais com a pauta do momento, as fake news. Planejar a comunicação é o primeiro passo, sendo que o plano de gestão de crises vem a reboque. É necessário pensar a comunicação de forma estruturada, deixar de ser um executor das tarefas diárias. Um plano de ação foge das ações de rotina, são ações pensadas para otimizar tempo, melhorar resultados e fazer com que a comunicação flua e alcance de forma mais fácil os objetivos que as assessorias desejam dentro dos tribunais”.

Sobre a gestão de crises, a mestre salientou ser necessário tranquilidade na condução das ações em comunicação. “O primeiro passo é controlar as emoções e manter a calma. Estamos vivendo a era da informação, da verdade e da velocidade, para o lado bom e para o lado ruim. Sabemos que existem agências especializadas, profissionais na produção de notícias falsas. A sociedade, até um certo ponto, está doente neste sentido, os valores estão corrompidos, e nós precisamos ter cuidado enquanto gestores da comunicação. Existe uma grande angústia de esclarecer e desmentir fake news, mas o TRE que faz o trabalho comprometido, de serviço, com transparência, com comprometimento a sua sociedade, enfraquece-as dia após dia. É isso que têm que ser fortalecido”.

Fonte: Ascom TRE-MT, com edição