Com propostas de melhorias nos serviços eleitorais, 45º Encontro do Colégio de Corregedores é encerrado em BH

Corregedores assinaram a Carta de Belo Horizonte a partir dos debates ocorridos no evento

Foto oficial do 45º Encontro do Colégio de Corregedores Eleitorais em BH

Propostas para aprimorar o cadastro de eleitores e o acesso à certidão de quitação eleitoral com prazo indeterminado foram alguns dos temas debatidos nos 2 dias de programação do 45º Encontro do Colégio de Corregedores Eleitorais. O evento iniciou com sessão solene no dia 21/02 e foi encerrado na sexta-feira (22/02) com a assinatura da Carta de Belo Horizonte (formato PDF), documento que reúne as sugestões levantadas durante o Encontro e que serão entregues à Corregedoria Geral Eleitoral do TSE. Para visualizar mais fotos do evento, clique aqui e acesse o Flickr do TRE-MG)

O encontro reuniu corregedores eleitorais e representantes das corregedorias de todo o país com o objetivo de buscar o aprimoramento dos serviços oferecidos e de tratar da iminente implantação do PJe na primeira instância, além de avaliar o impacto das eleições de 2018 na Justiça Eleitoral.

Do Maranhão, participaram o desembargador Cleones Cunha – que também ocupa o cargo de vice-presidente do Colégio de Corregedores Eleitorais, acompanhado dos assessores André Mendes e Magno Frazão.

Entre as propostas, foi feita a sugestão de alterar a norma relativa à certidão de quitação eleitoral com prazo indeterminado, concedida a eleitores deficientes quando se torna demasiadamente oneroso ou impossível o exercício do voto. A ideia é que qualquer pessoa possa solicitar a certidão, desde que a interesse da pessoa deficiente, com o objetivo de ampliar o acesso ao recurso que torna facultativo o voto de pessoas na situação de extrema dificuldade ou impossibilidade de votar.

Outra é o aprimoramento do Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) e do cadastro de eleitores, tornando-os mais adequados à realidade atual. A sugestão dos corregedores regionais é que sejam adicionados alguns campos no RAE, documento preenchido no momento em que o eleitor tira o título ou faz alguma atualização no cadastro (transferência ou biometria, por exemplo). São exemplos a inclusão de um campo para inserção de informações que o atendente considerar relevantes sobre o eleitor e a possibilidade de se incluir mais um endereço do eleitor.

A Carta de BH, ainda, propõe que sejam desenvolvidas formas de divulgação da segurança da urna eletrônica para se minimizar os efeitos das notícias falsas envolvendo o processo eletrônico de votação e incrementar a credibilidade do atual sistema de voto. O tema em torno da segurança do processo eletrônico de votação foi despertado pela palestra sobre o discurso de ódio na internet e algumas reflexões sobre as Eleições 2018. Sobre esse assunto, o documento registra a atuação competente dos juízes eleitorais e servidores ao longo do último período eleitoral.

A Carta dispõe também sobre a necessidade de melhorar o sistema de estatísticas do sistema do Processo Judicial Eletrônico, que ainda este ano chegará a todas as zonas eleitorais do país. Esse foi, inclusive, tema de palestras do Encontro, já que se trata de projeto da Justiça Eleitoral para 2019 que envolve todos os regionais.

Programação

A sexta-feira do Encontro, presidido pelo corregedor do TRE de São Paulo, desembargador Waldir Nuevo Campos, começou com uma palestra do professor da UFMG Rodolfo Viana Pereira sobre o tema “Internet, eleições e discurso de ódio”. Ele mencionou a intensa circulação de notícias falsas e a preponderância das redes sociais como espaço de campanha e debates durante as Eleições 2018 e disse que os cientistas políticos “ainda estão perdidos, tentando entender o que aconteceu”.

Para Rodolfo, as redes sociais são âncoras de distribuição em larga escala de informação, e, cada vez mais, a internet passa a ser um palco de disseminação do discurso de ódio. O professor analisou alguns aspectos da legislação relacionados à liberdade de expressão e afirmou que o termo fake news deve ser entendido não como notícias falsas, mas fraudulentas, porque elas são criadas com o objetivo de gerar danos. E finalizou sua fala defendendo que “o discurso democrático de alto nível depende do acesso a informações qualificadas, do amadurecimento pessoal e intelectual dos cidadãos”.

O desembargador Rogério Medeiros, vice-presidente e corregedor do TRE, também defendeu esse ponto de vista. O magistrado fez uma avaliação das Eleições 2018, destacando o ódio visto nas redes sociais, a irrelevância dos meios tradicionais da propaganda gratuita (TV e rádio), o desprestígio dos partidos políticos e a circulação de fake news. Para o magistrado, a grande conclusão do último processo eleitoral é que “a nossa salvação está na educação”. A íntegra da reflexão dele pode ser lida no site do TRE-MG.

Ao longo do dia houve ainda palestra do ministro Carlos Velloso, ex-presidente do TSE e do STF, sobre a história da urna eletrônica. O ministro, que esteve à frente do processo de informatização do voto, foi homenageado pelo Colégio de Corregedores Eleitorais pela relevante contribuição para a Justiça Eleitoral. O assessor do TSE Paulo César Camarão detalhou aspectos técnicos da criação do sistema eletrônico de votação, e Simone Batalha, assessora do Processo Judicial Eletrônico no TSE, fez uma apresentação para os corregedores sobre o PJe e sua implantação na primeira instância da Justiça Eleitoral.

Fonte: TRE-MG, com edição

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