Diretor da EJE-MA participa de Simpósio que discute problemas e soluções da Democracia Representativa
Problemas e soluções da Democracia Representativa estão sendo discutidos nesta sexta-feira (26) no Auditório Central da Universidade Federal do Maranhão. O evento, organizado pelo grupo MUITOS de inclusão política, tem como uns de seus palestrantes o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, do Tribunal Superior Eleitoral, e o juiz federal Clodomir Reis, diretor da Escola Judiciária Eleitoral, além de outros nomes como os professores Carlos Lula, Diogo Gualhardo e Edson Vidigal.

Problemas e soluções da Democracia Representativa estão sendo discutidos nesta sexta-feira (26) no Auditório Central da Universidade Federal do Maranhão. O evento, organizado pelo grupo MUITOS de inclusão política, tem como uns de seus palestrantes o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, do Tribunal Superior Eleitoral, e o juiz federal Clodomir Reis, diretor da Escola Judiciária Eleitoral, além de outros nomes como os professores Carlos Lula, Diogo Gualhardo e Edson Vidigal.
Na palestra de abertura, Clodomir Reis fez uma retrospectiva histórica da democracia no Brasil, fazendo um paralelo entre outras democracias como a dos Estados Unidos, França e África do Sul, especialmente em relação ao financiamento das campanhas. O magistrado avaliou que, apesar de termos avançado quanto ao abuso de poder econômico na legislação, ainda é frequente a discrepância entre as campanhas de alguns políticos em relação a outros, em que nas prestações de contas não ficam claras de onde o dinheiro vem e quanto verdadeiramente foi recebido e gasto pelos candidatos.
“O livro ‘O Nobre Deputado’ do juiz Márlon Reis, lançado no ano passado, expõe como o financiamento privado interfere na vida da população e na qualidade dos serviços prestados por prefeituras, por exemplo”, registrou Clodomir, contrapondo que, nos EUA, onde a doação privada é admitida, ela é exibida como forma de prestígio em que quanto maior o valor arrecadado, mais bem vista é a campanha do candidato.
Reis relatou ainda que a democracia africana é a que mais se parece com a brasileira porque nela não há igualdade entre os participantes da corrida política e há claro favorecimento clientenlista entre partidos como moeda de troca por favores muita das vezes pessoais.
Após a exposição de Clodomir Reis, falaram os professores Diogo Gualhardo sobre formação dos partidos políticos e Edson Vidigal acerca das características da democracia, desde quando ela surgiu na Grécia antiga.
Segundo Vidigal, idealizador do grupo MUITOS, este Simpósio é mais uma ação do projeto “empodere-se”, que tem o objetivo de continuar levando não só ao meio acadêmico, mas a todos os interessados, o aprofundamento de questões importantíssimas à condução de nossas vidas. “Algumas questões acabam sendo tratadas de modo superficial pela imprensa por interesse da classe política, que prefere deixar os cidadãos sempre como ‘marido traído’, ou seja, os últimos a saberem o que está acontecendo”, explicou.