TDAH

O que é TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico que aparece na infância e que na maioria dos casos acompanha o indivíduo por toda a vida. O TDAH se caracteriza pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade (inquietude motora) e impulsividade sendo a apresentação predominantemente desatenta conhecida por muitos como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).

O TDAH pode se apresentar com sintomas de desatenção e de hiperatividade ou impulsividade. De acordo com a quantidade desses sintomas, podemos classificar o TDAH em três subtipos:

  • Apresentação combinada: se tanto os critérios de desatenção e hiperatividade impulsividade são preenchidos nos últimos 6 meses;
  • Predominantemente desatento: quando os critérios de desatenção são preenchidos nos últimos seis meses, mas os critérios de hiperatividade não são;
  • Predominantemente hiperativo-impulsivo: quando os critérios de hiperatividade são preenchidos nos últimos seis meses, mas os critérios de desatenção não são.

         Além disso, a pessoa pode ter três diferentes graus de TDAH:

  • Leve: poucos sintomas estão presentes além daqueles necessários para fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou profissional;
  • Moderada: sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão presentes;
  • Grave: muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves estão presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional.

 

Sintomas

  •  Sintomas comuns de desatenção:
    • Deixar de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou durante outras atividades;
    • Ter dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
    • Não escutar quando lhe dirigem a palavra;
    • Não seguir instruções e não termina deveres de casa, tarefas domésticas ou tarefas no local de trabalho;
    • Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades;
    • Evitar, não gostar ou relutar em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (tarefas escolares, deveres de casa, preparo de relatórios etc.);
    • Perder objetos necessários às tarefas ou atividades;
    • Ser facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos pode incluir pensamentos não relacionados);
    • Ser esquecido em relação a atividades cotidianas.

 

  • Sintomas comuns de hiperatividade e impulsividade:    

 

    • Remexer ou batucar mãos e pés ou se contorcer na cadeira;
    • Levantar da cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado (sala de aula, escritório, etc.);
    • Correr ou subir nas coisas, em situações onde isso é inapropriado ou, em adolescentes ou adultos, ter sensações de inquietude;
    • Ser incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente;
    • Não conseguir ou se sentir confortável em ficar parado por muito tempo, em restaurantes, reuniões, etc;
    • Falar demais;
    • Não conseguir aguardar a vez de falar, respondendo uma pergunta antes que seja terminada ou completando a frase dos outros;
    • Ter dificuldade de esperar a sua vez;
    • Interrompe ou se intrometer em conversas e atividades, tentar assumir o controle do que os outros estão fazendo ou usar coisas dos outros sem pedir.
    • Em geral, é preciso que a criança apresente seis ou mais desses sintomas por mais de seis meses antes de ser feito o diagnóstico. Já em adultos ou adolescentes (com mais de 17 anos), é preciso apresentar apenas cinco destes sintomas.

 

Causas

A maioria dos estudiosos concorda com a origem multifatorial do TDAH, com seus componentes genéticos e ambientais, em que provavelmente vários genes anômalos de pequeno efeito em combinação com um ambiente hostil, formatariam um cérebro alterado em sua estrutura química e anatômica.

Podemos dividir os fatores que causam o TDAH em fatores neurobiológicos (que incluem genética e anormalidades cerebrais) e fatores ambientais. 

 

  • Fatores Genéticos:

Os fatores genéticos parecem ter um papel bastante relevante na origem do TDAH. As pesquisas são concordantes e mostram que a prevalência de TDAH é bem maior em filhos e familiares de pessoas com TDAH em relação a pessoas sem o problema e que a herdabilidade média do TDAH é estimada em 76%.
Anormalidades cerebrais:
Muitos estudos de imagem feitos no cérebro mostraram evidências de disfunção em pessoas com TDAH (no córtex pré-frontal, núcleos da base, cerebelo e outras).

  • Fatores ambientais

Baixo peso ao nascer (menos de 1.500 g) confere um risco 2 a 3 vezes maior para TDAH, embora a maioria das crianças que nascem com baixo peso não desenvolva o transtorno.
Embora o TDAH esteja correlacionado com tabagismo na gestação, parte dessa associação reflete um risco genético comum.
Uma minoria de casos pode estar relacionada a reações a aspectos da dieta.
Pode haver história de abuso infantil, negligência, múltiplos lares adotivos, exposição a neurotoxinas (chumbo), infecções (por exemplo: encefalite) ou exposição ao álcool durante a gestação. Exposição a toxinas ambientais foi correlacionada com o TDAH subsequente, embora ainda não se saiba se tais associações são causais.

 

Tratamento 

O tratamento precoce do TDAH é o “ponto-chave” para que a vida daqueles que têm o transtorno seja mais saudável, produtiva e com mais qualidade. Por isso é imprescindível que os sintomas sejam logo identificados e tratados corretamente.
O tratamento de crianças e adolescentes com TDAH é multidisciplinar, ou seja, se baseia na intervenção com profissionais de várias áreas, como os da área médica, de saúde mental e pedagógica. Avaliações com psicólogo, fonoaudiólogo, psicomotricista, otorrinolaringologista, oftalmologista e outros, podem ser necessárias, conforme a demanda de cada caso.
Em relação às intervenções psicoterápicas, a mais estudada e com maior evidência científica de eficácia para os sintomas cardinais do TDAH é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Crianças com TDAH muito desadaptativas demandam técnicas comportamentais que podem ajudar muito. Nem toda a criança com TDAH necessita fazer psicoterapia, o quadro sempre exige orientação familiar.
O tratamento de primeira linha do TDAH é psicofarmacológico e feito com drogas psicoestimulantes aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Essas drogas na verdade têm um efeito “calmante” em pessoas com TDAH.

 

Saiba mais 

http://www.universotdah.com.br/contato.html
http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html
https://dda-deficitdeatencao.com.br/oquee/
https://g.co/kgs/Y5KG7b
http://www.enciclopedia-crianca.com/hiperatividade-e-deficit-de-atencao-tdah/segundo-especialistas/criancas-com-transtorno-de-deficit-de